HISTÓRICO DO ASSENTAMENTO DA FAZENDA LARGA
As famílias assentadas na Fazenda Larga são oriundas da região de Planaltina-DF, próxima ao Campus da UNB. Estas famílias, na maioria carroceiros, utilizavam ali uma área para pequenos cultivos e criações e onde mantinham seus animais de tração.
As famílias assentadas na Fazenda Larga são oriundas da região de Planaltina-DF, próxima ao Campus da UNB. Estas famílias, na maioria carroceiros, utilizavam ali uma área para pequenos cultivos e criações e onde mantinham seus animais de tração.
Com a criação do Parque Sucupira, através de um projeto do Deputado Distrital Daniel Marques, surgiu a necessidade da retirada destas famílias e depois de várias propostas e discussões envolvendo os vários órgãos do setor agrícola e ambiental, inclusive o Ministério Público, optou-se pela área isolada Nº 11 da Fazenda Larga, com área de 225 ha, que havia sido reintegrada pela Secretaria de Agricultura e estava sendo utilizada para permanência de animais apreendidos pelo Departamento de Defesa Agropecuária. Foram estabelecidos 115 ha para a criação de 63 parcelas ficando o restante da área como área de reserva legal área de preservação.
O ano de 2003 marcou o início do Assentamento, que seguiu a seguinte cronologia: Em abril de 2003 vieram os pioneiros para garantir a posse da área, que estava ameaçada de invasão pelo MST, através de um acampamento existente em uma área próxima. Em maio com o apoio da SEAPA-DF e EMATER-DF foram demarcados e construídos os terraços em toda a área. No dia 29 de julho foi realizado o sorteio e entrega dos lotes, com a presença das entidades envolvidas. Em agosto chegaram as primeiras famílias para morarem no local sendo a primeira a do senhor Juscelino de Jesus Santos. Ainda em novembro iniciou-se os primeiros plantios de mandioca, abóbora, milho e feijão com sementes doadas pela SEAPA-DF. No dia 05 de dezembro deste mesmo ano nasce a pequena Ketlyn, filha do Juscelino e Eliete, a primeira criança originária da fazenda.
Em 2004 começa a se consolidar o Assentamento. Em janeiro foi implantada a primeira Unidade Demonstrativa com uma pequena área de mandioca com variedades da EMBRAPA-CERRADOS, acompanhada pelo Articulador da pesquisa/extensão, o engenheiro agrônomo, Laércio de Júlio. Em março é realizada uma Palestra com a OCDF, crescendo a consciência cooperativista e neste mesmo mês inicia-se o cadastramento das famílias residentes no local, pela EMATER-DF. Em abril a CAESB inicia as obras para fornecimento de água tratada a todas as propriedades. Em abril alguns produtores participam do primeiro treinamento de irrigação localizada, mesmo sem muitas perspectivas de sua utilização, já que havia escassez de água. Em maio, os primeiros produtores entusiasmados com a irrigação, iniciam os pequenos cultivos irrigados, com material usado doados pelo senhor José Antônio Licassali, produtor do Núcleo Rural Pipiripau, que vem a falecer em março de 2006.
O ano de 2005 foi marcado pela luta para o reconhecimento do Assentamento pelo INCRA. Em janeiro foi realizado um Diagnóstico participativo com a definição das prioridades, com destaque para a regularização fundária e disponibilidade de água para irrigação. Em 22 de Fevereiro foi criada a Associação dos Produtores da Fazenda Larga – APROFAL e inicia a produção de frutas em pequena escala mostrando a aptidão da região. Em julho é iniciado o cadastramento do INCRA com vista ao reconhecimento do Assentamento e paralelamente continua o trabalho da ATER, na busca de soluções dos problemas mais pontuais. No dia 18 de novembro em visita do então secretário da agricultura, Pedro Passos Júnior é feito o pedido da construção do centro comunitário, aproveitando uma construção antiga existente no local. No dia 30 de dezembro sai a tão esperada portaria reconhecendo o Assentamento e neste mês são iniciadas as obras da construção do centro comunitário.
O ano de 2006 se destaca pelo início do aporte financeiro ao Assentamento. No dia 11 de maio é inaugurado o centro comunitário, que é usado para os eventos na comunidade e reuniões mensais da APROFAL. No dia primeiro de junho são criados novos Lotes na área isolada Nº 13, aumentando para 83 o número de lotes no Assentamento. Neste mesmo mês é realizada a primeira festa junina da comunidade e inicia-se a implantação da rede de energia. Em novembro é liberado o primeiro financiamento para construção de estufas, com recursos do Programa Creditrabalho, da Secretaria de Trabalho, trazendo novas esperanças para os produtores. Neste mesmo mês são liberadas as Primeiras Declarações de Aptidão para o PRONAF emitidas pelo INCRA e inicia-se o plantio de pimentão em estufa. Em dezembro inicia-se a implantação da Unidade Demonstrativa do Uso Conservativo da Água na Agricultura Familiar, na propriedade do senhor Juscelino de Jesus Santos, que seria utilizada como unidade didática para demonstração de várias tecnologias de produção de hortaliças com o uso conservativo da água na agricultura familiar a serem apropriadas pelos produtores do Assentamento.
O ano de 2007 já inicia com boas perspectivas para o Assentamento. Em janeiro a Unidade Demonstrativa se consolida com a participação efetiva da comunidade e várias reuniões práticas, com um bom aprendizado. No dia 07 de janeiro são liberados os primeiros recursos do PRONAF, para fruticultura, avicultura, apicultura e horticultura, com construção de estufas. Vale ressaltar o apoio decisivo do Banco do Brasil, na liberação deste crédito. No dia 07 de fevereiro inicia a colheita do pimentão de estufa começando a geração de renda no Assentamento. Em fevereiro começa a implantação das atividades financiadas pelo PONAF. No dia 08 de março inicia-se a colheita na Unidade Demonstrativa. Em março também já se pode perceber a apropriação das tecnologias pela comunidade, como a impermeabilização de reservatórios de baixo custo, plantio e condução de maracujá, consorciação culturas, etc.
No início de 2008 já se pode constatar o resultado do trabalho de assistência técnica e extensão rural desenvolvidos na comunidade, com os primeiros resultados da avicultura de corte, o fortalecimento da fruticultura, a diversificação de culturas e o uso de tecnologias de ponta.
Em 2009 o assentamento começa a receber comitivas internacionais, principalmente da áfrica e América central e inicia a venda de produtos agrícolas para os programas de governo, como o Programa de aquisição de alimentos (PAA).
Em 2010 o assentamento é contemplado com um caminhão baú para o transporte de suas mercadorias, e em 2011 recebe a "Casa Digital" em uma parceria do Ministério de desenvolvimento agrário - MDA, com o Ministério das Comunicações, a Subsecretaria de Desenvolvimento da Agricultura Familiar/Seapa-DF, Emater-DF, INCRA (SR-28) e Associação de Produtores da Fazenda Larga (Aprofal), e também a biblioteca do Programa Arca das Letras, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), por meio de parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), a Secretaria de Agricultura (Seapa) e a Secretaria de Juventude do DF.
Existem atualmente na comunidade 103 estufas para produção de hortaliças, 25 produtores produzindo frutas, como maracujá, banana e limão, comercializando seus produtos, e 52 agricultores produzindo peixes nos reservatórios revestidos utilizados para armazenamento de água para irrigação, além de 5 criadores de frango caipira e vários produtores de hortaliças em campo aberto. A comunidade começa a se destacar como produtora de frutas e hortaliças atraindo compradores e garantindo o sustento das famílias ali existentes.
Equipe da EMATER PIPIRIPAU
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